terça-feira, 30 de outubro de 2012

Café


Café

Saia e, por favor, deixe a luz apagada e não feche a porta. Preciso sentir o cheiro do café quando estiver pronto.  Umas três xícaras, bem quentes e amargas para aquecer o frio e amargar este brilho opaco e sem gosto.

Em mim, todas as portas e janelas, degraus, esquinas... Bordadas de sol e flor, com um pouco do teu nome.

A vontade de estar em ti. E você já aqui, tão presente.

E em ti. Todo mistério que me engasga. Que exaspera. Quase me espanta.

Café, por favor. Mais café.
Débora Andrade

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