RAIZ
Por favor, tenha a calma das águas de um rio manso. Que, de semente em semente, vou brotando minhas / tuas flores.
E não me traga mentiras, dizendo que eu poderia nascer rosa azul em um deserto qualquer, como já ouvi um dia.
Sei que no teu solo já nasceram outras tão belas e graciosas que lhe foram importantes. Então deixe que eu nasça por aí com a mesma delicadeza. Mas cuide, para que eu renasça todas as vezes que meu caule não suportar a falta do teu ar.
Tive um passado de tempestade que devastou um campo inteiro de gérberas amarelas. Menti para mim, quase acreditando, que elas eram girassóis. Assumi a fragilidade das minhas flores sem espinhos e chorei em versos a falta das rimas.
Que decepção toda aquela verdade amarela que não seguia o sol. Morreu seca toda minha história de amor. E durante bom tempo, abandonei meu solo. Me esqueci de florescer.
Cuida e rega do meu solo até brotar nossa cor. Bem assim, nesta tua doce persistência. Não desista das minhas flores. Eu quero florescer para ti em todos os teus jardins e todos os dias.
Eu posso aceitar a dor de ter vivido em solo infértil quando sinto que foi preciso para que eu matasse minha sede em tuas águas.
Renovado o chão, brota letras do teu nome junto às minhas pétalas, anunciando, talvez, raiz.
Ainda não me pergunte como será. Deixe que o quase entone toda a perfeição que ainda não existe. E cuide para que nasçam flores com raízes.
O que tem raiz, não vai embora com tempestades. Parece que morre. Parece que acaba.
Mas... Renasce.
E não me traga mentiras, dizendo que eu poderia nascer rosa azul em um deserto qualquer, como já ouvi um dia.
Sei que no teu solo já nasceram outras tão belas e graciosas que lhe foram importantes. Então deixe que eu nasça por aí com a mesma delicadeza. Mas cuide, para que eu renasça todas as vezes que meu caule não suportar a falta do teu ar.
Tive um passado de tempestade que devastou um campo inteiro de gérberas amarelas. Menti para mim, quase acreditando, que elas eram girassóis. Assumi a fragilidade das minhas flores sem espinhos e chorei em versos a falta das rimas.
Que decepção toda aquela verdade amarela que não seguia o sol. Morreu seca toda minha história de amor. E durante bom tempo, abandonei meu solo. Me esqueci de florescer.
Cuida e rega do meu solo até brotar nossa cor. Bem assim, nesta tua doce persistência. Não desista das minhas flores. Eu quero florescer para ti em todos os teus jardins e todos os dias.
Eu posso aceitar a dor de ter vivido em solo infértil quando sinto que foi preciso para que eu matasse minha sede em tuas águas.
Renovado o chão, brota letras do teu nome junto às minhas pétalas, anunciando, talvez, raiz.
Ainda não me pergunte como será. Deixe que o quase entone toda a perfeição que ainda não existe. E cuide para que nasçam flores com raízes.
O que tem raiz, não vai embora com tempestades. Parece que morre. Parece que acaba.
Mas... Renasce.
Débora Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário