terça-feira, 30 de outubro de 2012

E Agora?


E Agora?

E agora? Agora você chega como quem quer ficar, deixe as malas na porta e jogue as pernas sobre o sofá. Deixe um espaço para eu deitar minha cabeça no teu colo e não economize os carinhos e o cafuné.

Com tuas poucas palavras, só me confirma que a escolha foi certa e que eu não preciso temer tanto. Você ainda nem sabe das minhas tempestades, mas trouxe as cores de volta para minha tela.

Tire o controle remoto das minhas mãos. Tome o controle para si daqui adiante. Eu não te disse, mas... me cansei de ter controle de tudo. Apesar de desconfortável, sinto uma emoção constante por me ver sempre surpreendida por você e por mim, pelos meus sentimentos desordenados e uma paixão em meio ao caos.

Me cuide, mas não me faça dormir sem antes te preparar a cama. Nem flores, nem lençóis  de cetim, não. Só quero tirar aqueles travesseiros. Eles carregam muitas dores, muitas lágrimas e angústias que você não precisa saber. Não preciso mais deles. Tenho teu ombro em caso de dor, teu olhar em caso de fuga e teu abraço em caso de medo.

E agora? Agora, talvez, você fique por dois ou três dias... quem sabe um mês ou a vida inteira. Mas chegue como quem chega para ficar. Me abrace com saudade de vinte anos e se jogue pela casa, pela minha vida, em meus braços. Sem promessas, sem planos, sem pontuação.

Chegue...Só chegue como quem quer ficar!
Débora Andrade

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